segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Partem comboios

Partem comboios ao amanhecer,
Partem vazios de esperança,
Saem pela cidade no silêncio
Abrupto da ignorância,

Vão, vão e em vão, comboios apinhados,
Repletos de gente muda e amedrontada,
Esmagam nos seus trilhos os inaptos
Torturados no instinto da manada,

Partem, desde quando, até quando?
Quem os ordena? Com que valor?
Quem nos vale no deserto povoado?
Talvez, a sorte, talvez o amor?